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A mostrar mensagens de fevereiro, 2006

Não me contes o fim...

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Choro, choro uma despedida empurrada pelo silêncio do teu medo, por a culpa que criaste, por um Sonho que insistes em negar. Quanto ao Amor, esse que tu guardas no mais profundo de ti, vou fazê-lo crescer. Sim, hei-de fazê-lo crescer tanto, que um dia vais poder conhecer a árvore que plantámos juntos! Talvez dos ramos te aviste um dia e sejas surpreendido pelo reencontro, com o que aqui deixaste, e que farei crescer, cada dia. Quanto te pedi palavras, menti. Não eram palavras que queria ouvir, queria tocar-te. Escondido em ti... Queria entender toda razão que dizes ser tua, queria encontrar-te mais uma vez. Já não consigo encontrar-te no meio de tanto nevoeiro e fumo. O que resta de ti, é um retrato do que queres mostrar ao Mundo. Um retrato que esconde a fraqueza do que não queres ser. Um retrato que mostra aquilo que afinal, nunca foste. Um retrato que tem o peso da culpa que criaste, para permanecer, tentando abafar o que um dia te fez sair, respirar... Olho para o que resta de ti e

Espera...por mim

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Lanço-te os meus braços, vindos deste Mar em que navego, com medo que deixes de existir. Invento momentos nossos durante o meu sono. Estas minhas mãos são tudo o que tenho para não perder o sentir do teu corpo junto do meu, não quero esquecer o vapor dos teus beijos e agarro-te com toda a força do meu querer, desperto o sono, acordo a noite e aperto-te contra mim. Espera...por favor espera por mim. Escuta, prova o sabor do meu sal. Sente a brisa que tento sussurar ao som do enrolar das ondas, que te querem abraçar. Espera...prova mais um pouco do sabor deste Mar sem fim. Há tantos tesouros no fundo deste mar que quero descobrir contigo!

Olhos...nos olhos

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Olhos nos olhos... Olhos que dizem o que a boca cala Olhos que falam tudo aquilo que não dizes Que dizem as palavras que já não oiço. Olhos nos olhos, Despida por ti, Entregue, rendida... aos pés dum encantamento sublime dum olhar profundo e terno. Aí...aí, encontro-me com a pureza e a essencia do que realmente és... Olho-te nos olhos...e conseguiria permanecer assim a olhar-te para sempre! A Paz que me devolves nesse momento intemporal, Apaga o tempo e dá vida a um reencontro, num bailar estonteante em que duas almas que dançam... Dançam ao som dum simples Sonho de Amor. Olhos que gritam ao abandonar os teus... olhos que libertam incertezas e desejos, olhos que derramam diamantes de saudade. Olhos que se perdem, E que depois te procuram, onde sabem que não estás. Olhos que te inventam, olhos que desesperam... em busca dos teus olhos, em busca dum pouco mais de ti.

Um lugar ao teu lado...

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Tentei fugir, sim tentei... Não para ficar longe de ti, mas para lutar contra este desejo chegar um pouco mais perto... Mas a fuga foi em vão! Fez-me ficar tão perto que, sem saber, olhei e, vi pegadas no meu caminho... Sim eram pegadas tuas...Percebi que tinhas passado por ali... Que bom saber que não esqueceste este caminho! Perguntei a mim mesma se procuravas por mim... Será que procuravas por mim, ou por a parte de ti, que deixaste aqui? A resposta pouco importa...o que importa é que vieste! Sim vieste...e por um momento voltei a encontrar o sentido de tudo. O sentido da minha fuga, O sentido de permanecer aqui, O sentido deste longo caminho... Sim, todas as tempestades do caminho passaram a fazer sentido! O verdadeiro sentido de tudo isto... O sentido de que encontrei um dia encontrei um lugar ao teu lado... E aqui é que quero ficar!

Tempo...

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Tempo... Sim sinto-me sem Tempo, num Tempo em que todo e Tempo é muito, E que não quero contar...por isso voo no Tempo, E Sonho com o Tempo, em que todo Tempo, seria pouco para estar Contigo!